Flávio Ribeiro
É da varanda do palácio de minhas
memórias que avisto novos caminhos a ser percorridos. Caminhos de expectativas,
que me lançam para significativas realizações formantes e transformantes do ser
que continuamente me torno. A expectativa familiar para ir mais longe do que se
pensou, continua trilhando a pista de corrida instalada no sujeito que sou, o artista vê diferente o que muitos só vêem igual –
somos todos sujeitos/lugares, vivenciados, em que se disseminam o acontecer das
ideias.
Estou bem certo de que podemos sempre ir mais longe. E acredito que esta crença é tão viva e pode ser chamada presenças de “pretensiosas ingenuidades”. Essa ideia construir após ter ouvido um comentário de uma das professoras da banca avaliadora na defesa de minha dissertação de mestrado, em que ela disse no seu parecer: “sua sede de estudos, porem, levam-no a projetar muito mais uma futura tese de doutorado do que se deter melhor no encadeamento de seus ensaios. Estaria ele desdenhando do mestrado, como apenas passagem? Ou foi ingênuo reafirmar esse propósito tantas vezes na dissertação?”
Estou bem certo de que podemos sempre ir mais longe. E acredito que esta crença é tão viva e pode ser chamada presenças de “pretensiosas ingenuidades”. Essa ideia construir após ter ouvido um comentário de uma das professoras da banca avaliadora na defesa de minha dissertação de mestrado, em que ela disse no seu parecer: “sua sede de estudos, porem, levam-no a projetar muito mais uma futura tese de doutorado do que se deter melhor no encadeamento de seus ensaios. Estaria ele desdenhando do mestrado, como apenas passagem? Ou foi ingênuo reafirmar esse propósito tantas vezes na dissertação?”
A meu ver, permitimos, constantemente, que o nosso presente seja roubado pelo futuro – pelo que miramos -, sendo isso também fruto de ingenuidades que, para o bem e também para mal, nos apresenta possibilidades de imaginações. Recordo-me também de uma noticia que vi no jornal A TARDE – Menino salva bebê de incêndio - uma criança chamada Riquelme Wesley Maciel dos Santos, com apenas 5 anos tinha salvado Adrieli dos Santos, de 1 ano e 10 meses de idade, de um incêndio. O ocorrido aconteceu na cidade de Palmeiras - 236 km a oeste de Florianópolis-, em um bairro de classe média baixa. “Riquelme, que brincava no quintal da casa de sua família, viu o desespero de uma mãe [vizinha sua], que dizia que o bebê havia ficado em um dos quartos da casa. Ele decidiu tentar salvar a criança. O garoto entrou na casa, tirou o bebê do berço e, com dificuldades, levou a menina para o pátio, longe do perigo” (BOCHTOLD, 2007, p.28). Como Riquelme conseguiu essa proeza? Ele estava vestido com uma camisa do homem aranha e dizia ser o próprio - Ingenuidade!?
Quando não temos o dizer de que não podemos, pode aparecer a presença realçada da “pretensiosa ingenuidade”. Ninguém disse para o Riquelme, e também para mim, que não podíamos fazer o que fizemos, por isso também foi feito. Existe uma máxima de Albert Einstein que muito me inspira: "Se podes imaginar, podes conseguir."
Referência: BOCHTOLD,
Felipe. Menino salva bebê de incêndio. A TARDE, Salvador, Sábado,
10/11/2007. Brasil, página 28.
VER OUTROS TEXTOS DE FLÁVIO RIBEIRO
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Lindo, como sempre lindas palavras, um enorme beijo em seu coração.
ResponderExcluirSe cuida, saudades Professor.
Béka Lopes